Em 2009, John Daniel, Asha Kanwar e Stamenka Uvalic-Trumbic, publicaram um estudo seminal mostrando que era possível “quebrar o triângulo de ferro do ensino superior: acesso, custo e qualidade.” Isto é, até agora, quando uma instituição tentava enfatizar um dos vetores do triângulo, obtinha conseqüências negativas nos outros dois. Mas hoje, com os recursos digitais disponíveis, adicionados aos conceitos de “abertura”, é possível aproveitar bem economias de escala, e quebrar o constrangimento do “triângulo de ferro”. Mas existe um outro triângulo de interações, relacionado à aprendizagem a distância, e que merece estudo continuado: o reconhecimento de que existem várias formas de aprender; que conteúdos para aprendizagem podem ser apresentados e examinados numa grande variedade de abordagens; e que as tecnologias à disposição da EAD são tão ricas e diversificadas, que podemos afirmar que a interação desses três vetores abre possibilidades infinitas para a educação. Longe de ver a EAD como algo simplório, padronizado e rotineiro, a visão do triângulo de flexibilidade (tipo de aprendizagem, conteúdo variado e tecnologias diversificadas) nos permite exercer nossa criatividade cada vez mais, alterando os ingredientes, as “dosagens” sempre à procura de cada vez maior eficiência.Este 17º Congresso da ABED será uma oportunidade para brasileiros e outros participantes trocarem idéias e experiências com relação ao planejamento, implantação e operação de programas de EAD na instituição de ensino, ou na entidade corporativa ou governamental.
Entendo com isso não uma educação a distância, mas uma educação que amplia as possibilidades de estudo bem como a mobilidade entre tempo e espaço. Claro não estou aqui afirmando que existe uma educação a distância perfeita, pois as primeiras dificuldades surgem com as instalações dos Polos por exemplo, com problema na conexão da internet - que inviabiliza não somente o acesso mas até prejudica o uso das ferramentas disponíveis no ambiente (Moodle - AL), distância do polo em relação aos residentes nos interiores, dificuldade de acesso pelos alunos - onde só disponibilizam desse acesso quando vão ao próprio polo, e ainda falta de capacitação dos professores que por muita vezes apenas aplicam seus materiais da modalidade presencial como tal no ambiente. Bem, mais não censuro nem exalto a educação a distância, apenas anseio por condições favoráveis para uma efetiva e possível dissociação do conhecimento sendo ela presencialmente ou a distância.
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